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31 julho 2013

OPINIÃO TEOLÓGICA SOBRE O PAPA E SUA VISITA AO BRASIL


A visita do Papa ao Brasil na última semana  do ponto de vista religioso, econômico, sociológico fez grande sucesso.  Foi por demais elogiável a grande estrutura montada, a logística, a admirável confraternização e manifestação da fé católica representada principalmente pelo universo jovem mundial. Não assistimos cenas de violência nem de promiscuidade. Vi moderação na linguagem  e até na forma como  vestiram-se e manifestaram publicamente sua fé.

                Elogiável também a postura respeitosa das autoridades e toda a estrutura e aparato de segurança em torno de uma grande personalidade mundial e o peregrinos que nestes dias transformaram a paisagem do carioca num mar colorido representando a juventude de diversas nações. Apesar da polêmica em torno dos gastos com a visita, trata-se de um estadista de uma nação, renomado líder mundial que traria muito mais danos ao nosso país se as coisas não acontecessem com a devida segurança e paz. Cabe considerar que vivemos num país laico, sem religião oficial onde cabe ao poder público cumprir a constituição federal no que tange à segurança pela integridade física dos cidadãos e na proteção aos lugares de culto, bem como em caso de grandes manifestações culturais, políticas, religiosas e outras. O Brasil parou para ver o Papa desfilar pelas ruas, avenidas, favelas, praias e templos distribuindo alegria, simpatia e muito carisma ao povo. 
Do ponto de vista de uma festa religiosa, o  povo católico está de parabéns!

                Não se pode negar no debate de ideias e aperfeiçoamento de ideais cristãos neste momento histórico e plural da nossa nação a importância das religiões na busca de frear as tendências depravadas do comportamento moral humano, bem como na prática da caridade e da solidariedade cristã para com os mais carentes, os indigentes, os marginalizados da nossa sociedade. Como bem afirmou o Papa Francisco, enquanto houver uma criança com fome e sem educação, não importa de onde vem a educação e o alimento. O importante que as nossas crianças sejam supridas nas suas necessidades e direitos básicos. Neste particular há de se admitir que sem o trabalho das religiões o Brasil estaria social e moralmente num caos sem precedentes na sua história em estágio muito mais avançado da sua degradação.

                Focando o tema proposto desta reflexão – o papa e sua visita ao Brasil, por uma ótica teológica, trilhamos caminhos completamente opostos, embora no campo da ética e da moral tenhamos muitas coisas em comum e causas para lutarmos juntos. É no campo das diferenças teológicas que gostaria de caminhar nesta singela avaliação, sem almejar com isso confrontos com a liberdade de expressão de fé dos peregrinos deste mundo, sejam eles católicos, evangélicos, espíritas ou até agnósticos.

1.SOBRE A HUMILDADE DO PAPA:

É  inspirador e exemplar os sinais de humildade e identificação com o povo mostrado pelo Papa Francisco, principalmente numa época cuja tendência até em alguns segmentos evangélicos é pela megalomania, estrelismo e vaidade no sacerdócio religioso. A escolha do nome ligado à ordem dos franciscanos aponta na direção de uma caminhada de humildade seguindo os passos de São Francisco de Assis, fundador da ordem. Essa identificação parece mostrar que o Papa Francisco quer trilhar pelo caminho da humildade como é chamada a ordem franciscana de ordem dos Menores ou dos Frades Menores.


Vamos refletir um pouco sobre este ponto de uma perspectiva teológica. Sem levar em conta a postura pessoal do Papa atual, até porque não me compete julgar questões de fórum íntimo, a instituição papal e sua estrutura hierárquica atribui ao Papa o título de Cabeça visível da Igreja, Vigário de Cristo com plenos poderes e prerrogativas exclusivas da Divindade, quando afirma que ele possui poder pleno, supremo e universal.

Sabemos que à luz das Escrituras o único Cabeça da Igreja com plenos poderes universais  é o próprio Cristo(Ef.1:20-23; Ef.5:23) e quem ocupa a posição universal de Vigário(substituto) de Cristo na terra é o Espírito Santo, conforme afirmou o próprio Cristo em João 14:13,16,26. O próprio Ministério de Espírito Santo, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é apontar para Jesus Cristo, o que não vemos na demonstração de fé papal, visto que chama mais atenção para si mesmo e Jesus Cristo torna-se um tipo de santo co-adjuvante na multidão dos santos que devem ser adorados pelos seguidores da religião.

A Bíblia fala da humilhação de Cristo(Filipenses 2:6-8). Quando Jesus Cristo encarnou-se, diz o Apóstolo Paulo que Ele esvaziou-se de si mesmo(Kenosis), isto é, sem deixar de ser Deus, Ele deixou a Glória Celestial e tornou-se pobre, enfrentou as dores, atrocidades e humilhações deste mundo por amor a nós pecadores viveu neste mundo corrompido. Isso é extraordinário, divino, misterioso. Mas não existe “kenosis” humana, porque todos os homens já nascem em pecado e contra a tendência da natureza corrompida pelo pecado, deve cultivar a humildade mortificando a inclinação carnal para o orgulho e auto-exaltação. A postura humilde do Papa Francisco o diferencia de outros que não trilharam o caminho da auto-humilhação, mas constata a sua real condição humana de pecador que deve humilhar-se diante de Deus com sincera conversão e arrependimento.

Há muitos exemplos bíblicos de pessoas que reconheceram a Grandeza Incomparável de Deus e reconheceram  sua insignificância humana como miserável pecador. Vamos citar alguns destes muitos exemplos: O Profeta João Batista, precursor de Cristo, um homem temido pelas autoridades pela sua santidade pessoal e temor a Deus, arrancou dos lábios de Jesus Cristo elogios dos mais nobres que um ser humano pode receber no mundo. Quando confundido quanto à sua identidade real, quando perguntaram quem ele era, foi claro, objetivo e direto: “Eu não sou Elias, Jeremias ou algum dos profetas”. Disse claramente “Eu não sou o Cristo”... Eu sou a voz do que clama no deserto...”. “Após mim vem aquele cuja sandálias não sou digno de desatá-la...( João 1:19-23; Lc.3:15-16). Quando provocado a enciumar-se do grande êxito ministerial de Jesus Cristo, afirmou taxativamente para calar a boca dos religiosos insensatos:“Convém que Ele cresça e que eu diminua”(Jo.3:30). O segundo exemplo de humildade que quero lembrar é o Apóstolo Pedro. Na teologia católica, o Papa é o seu legítimo sucessor. Pedro apontava para Jesus Cristo como o fundamento, a Pedra Principal na estrutura da Igreja. Quando o Evangelho se espalhava além de Jerusalém, Pedro foi levado pelo Espírito Santo na casa de um homem chamado Cornélio, um homem piedoso, mas que precisa ouvir de Jesus. Quando Pedro chegou em sua casa, Cornélio foi ao seu encontro e prostrou-se aos seus pés para adorá-lo. Pedro, ousadamente o toma pela mão e afirma: “Levanta-te porque eu sou homem como você”(Atos 10:25-26). Li de um episódio recente que aconteceu com o Papa nesta visita ao Brasil. O papa abençoou o maior jogador de basquete da história do Brasil, Oscar Schmidt na sua luta contra um câncer no cérebro. Ao deparar-se com o Papa, Oscar emocionado prostrou-se de Joelho diante dele. O papa o abençoou e Oscar ao levantar-se afirmou: “Se não resolver desta vez, não resolve mais”. Ainda afirmou “a maior bênção que você pode ter é a bênção do Papa...”. Por que o Papa não fez como Pedro e repreendeu Oscar pelas palavras descabidas que exalta um homem à estatura da Divindade?.  O terceiro exemplo de humildade é a Mãe de Jesus, Maria. Uma mulher piedosa, agraciada por Deus na escolha para que ela fosse instrumento para gerar o Filho de Deus no seu ventre. Diante de tamanha Graça o cântico de Maria expressa um atitude humilde de quem reconhece a Grandeza de Deus: “ A Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois desde agora todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome”.(Lc.1:46-49). Nesta oração, Maria, considerada pela doutrina católica como a “Mãe de Deus” e “Imaculada” declara que Deus é o seu Senhor, Salvador, Todo-Poderoso e Santo. Ele reconhece a grandiosidade, o poder e a autoridade de Deus como o único que é Santo e deve ser adorado.

Ninguém que aceita para si a Glória devida a Cristo pode receber condecoração por ser humilde, porque está escrito: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura”(Isaias 42:8). Todo aquele que ostentar ocupar o lugar de Cristo a Bíblia o chama de anti-Cristo, porque o lugar de Cristo é exclusivamente Seu. Não tem Papa, Pastor, Padre, Bispo, Apóstolo, Maria, José, João, Paulo, Calvino, Lutero, Francisco..., homem, mulher, anjos, principados, potestades, todo aquele que tentar ocupar o Trono que pertence a Cristo, demonstra orgulho, auto-suficiência e realiza o maior anseio de satanás, querer ser igual a Deus.

Este não é um assunto que diz respeito exclusivamente ao Papa ou à Igreja Católica. Esse é também um assunto de determinados segmentos evangélicos,  onde tem se levantado alguns “Messias” com superpoderes e carregam multidões cegas quanto á verdade da Palavra de Deus, em busca de um toque milagroso, do óleo, do suor, do cuspe, do lenço ungido e tantos outros amuletos da fé no panteão das divindades humanas. O grande Apóstolo Paulo afirma: “Mas longe esteja  de mim  gloriar-me,  senão na cruz do nosso Senhor  Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”(Gálatas 6:14).

2. SOBRE A   SANTIDADE DO PAPA:

Uma das imagens que me fez estremecer nestes dias foi ver autoridades religiosas, civis, militares, jornalistas e o povo em geral dirigirem-se ao Papa como VOSSA SANTIDADE. Isso é extremamente perigoso e agressivo do ponto de vista da teologia dos atributos de Deus. Santidade é um atributo da Divindade que só pode ser compartilhado com os pecadores de uma perspectiva doutrinária da separação do pecado pela busca cotidiana de mortificação dos desejos carnais inerentes a todo pecador, para tornarmo-nos semelhantes a Cristo no que tange à pratica da vida cristã. No entanto, nenhum ser humano pode ser “Vossa Santidade” na implicação implícita de tal afirmação.

A maior autoridade religiosa no judaísmo nos tempos bíblicos era o Sumo-Sacerdote.Este era responsável por intermediar os sacrifícios oferecidos no Santo dos Santos uma vez por ano em favor de si mesmo e do povo. Dentre as belezas das vestes sacerdotais que eram usadas pelo Sumo-Sacerdote, apontando em seus detalhes e significados simbólicos para o Sumo Sacerdote Perfeito, Jesus Cristo, carregava sobre sua cabeça uma mitra feita de linho fino(uma espécie de gorro) e no meio da mitra, frontal à testa do sacerdote uma lâmina de ouro na qual destaca-se a solene frase: “SANTIDADE AO SENHOR”, apontando para a seriedade do ato para aqueles responsáveis por cuidar do culto ao Senhor, mas sobretudo para que todos entendessem a Santidade da Glória de Deus. Quando o Deus Santíssimo manifestava Sua Shekinah (Glória, Beleza, Brilho) sobre seu povo, não havia lugar para o homem declarar alguma coisa ,a não ser o clamor deseperado de quem enxergava sua miséria e pecado como o Profeta Isaías que quando viu o Senhor Assentado sobre um Alto e Sublime Trono, prostra-se em profunda contrição declarando: “Ai de mim, estou perecendo, porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios”(Isaías 6:5).

Portanto, atribuir a um ser humano o que pertence exclusivamente a Deus é uma tremenda ignorância espiritual, teológica e usurpação da Glória devida exclusivamente a Deus. Contudo a Santidade de Deus é uma inspiração a cada um de nós buscarmos viver em santidade de vida até que sejamos transformados à semelhança do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo – “Sede Santos, porque Santo é o Senhor vosso Deus(I Pd.1:16)“Amados, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que quando Ele se manifestar seremos semelhantes a Ele, porque assim como Ele é o veremos. E a si mesmo se purifica todo aquele que Nele tem esta esperança, assim como Ele é puro”(I João 3:1-3).

III. SOBRE  A BÍBLIA E O PAPA:

Esta é uma outra questão interessante. Por que não se vê o Papa carregando a Bíblia, lendo a Bíblia publicamente?. Quando perguntado sobre o que ele carregava na sua maleta que levava na mão, disse de vários objetos pessoas, terços e livro de uma santa que ele é devoto. Ele não disse que carregava a Bíblia e em nenhum momento  exaltou a Palavra de Deus como alimento espiritual e como reguladora da  conduta das pessoas.
A meu ver, é uma questão fácil de explicar embora difícil de aceitar. Primeiro, porque dentro da história do papado há vários exemplos de papas que proibiam o povo de ler a Bíblia e até ordenaram a queima das Sagradas Escrituras. Então, a Bíblia nunca foi um livro de cabeceira do papado. Segundo, dentro da estrutura teológica do catolicismo romano, a Bíblia, a Tradição da Igreja e o Papa tem a mesma autoridade. A doutrina da infalibilidade papal afirma que o que o papa delibera e define solenemente (ex-cathedra) qualquer assunto em matéria de fé ou de  moral, visto que recebe uma revelação sobrenatural do Espírito Santo que o preserva de cometer erros. Os dogmas da igreja são verdades imutáveis e infalíveis que não podem ser revogados. Na prática o que o papa diz tem primazia sobre o que a Bíblia ensina. Bem diferente deste conceito, o  fundamento da fé protestante, reformado   acredita nas Escrituras Sagradas como Palavra de Deus, inerrante, infalível, absoluta e irrevogável. Para nós cristãos protestantes a Bíblia está acima das tradições da Igreja, das Confissões de Fé, Credos, Catecismos e da Autoridade Sacerdotal, ou seja, a Bíblia Sagrada é autoridade sobre a instituição Igreja e sobre seus ministros. Ela é a nossa única regra de Fé e Prática.
Se o Papa que se diz infalível, enfatizar a leitura e prática das Escrituras Sagradas, diminuirá sua autoridade e trará aos fiéis a revelação da verdade libertadora do Evangelho de Jesus Cristo.

IV. SOBRE A IGREJA E O PAPA:

Para os católicos romanos a Igreja “ é a congregação de todos os fiéis que foram  batizados, professam a mesma fé, participa dos mesmos sacramentos e são governados por seus legítimos pastores, e tem uma cabeça visível em toda a terra” (Teologia de Berkhof). A doutrina católica afirma que fora da Igreja não há salvação. O Papa carrega sobre si o título de cabeça e pai universal da igreja, título e posição essa que pela Revelação das Escrituras Sagradas como já mencionamos não lhe pertence, porque o cabeça  universal da Igreja é Cristo.

A Igreja Cristã está firmada e fundamentada no ensino dos Apóstolos e Profetas, sendo Jesus Cristo, o fundamento, a Pedra Angular desde edifício santo.  A Igreja Reformada não tem fundamentos humanos infalíveis. Sobre homens que atendem o chamado divino para o Ministério da Palavra está a autoridade de Cristo e em Seu nome proclama o Santo Evangelho, em obediência à Grande Comissão deixa pelo próprio Cristo aos seus discípulos a para pregar o Evangelho em todas as nações da terra(Mt.28:18-20). No altar da adoração não há lugar para culto aos grandes patriarcas da fé do Antigo Testamento, Nem do Novo Testamento, nem tão pouco para os que vieram depois da era apostólica. Martinho Lutero, João Calvino, Zwinglio, João Huss, John Knox, Jorge Whitiefield e tantos outros tiveram sua importância na história da Igreja cristã reformada, mas não passam de servos indignos, atraídos a Cristo, tão somente pela Graça Irresistível de Deus para realizarem Sua obra. Eles não são ídolos, seus ditos teológicos não são absolutos, nem as suas obras os qualifica a algum posto de santidade meritória de adoração e/ou veneração. Como diz o velho hino do Cantor Cristão: “Da Igreja o fundamento é Cristo o Salvador, em seu poder descansa e é forte em seu amor, pois Nele alicerçada segura e firme está e sobre a Rocha Eterna jamais se abalará”.

V. AS QUESTÕES ÉTICAS E MORAIS DA PÓS-MODERNIDADE E O PAPA:

Este é um ponto de convergência e aproximação entre católicos e reformados, salvo exceções. Nas questões que dizem respeito à família, a boa ética e a conduta moral na sociedade nos afinamos. Ninguém pode negar que a Igreja Católica Apostólica Romana em sua teologia é guardiã de valores da boa ética e da moral cristã, e não temo afirmar que há católicos muito mais equilibrados e firmes na prática destes valores do que muitos evangélicos.

A questão dos escândalos morais que envergonha a igreja que o Papa fez menção em uma de suas entrevistas, não é questão de ser católico ou não. Esta não é uma exclusividade da Igreja Católica, é sim uma questão de caráter. Lamentavelmente os escândalos estão presentes em todas as religiões. Eles apenas diferenciam-se e intensificam-se em uma mais do que em outras, mas nesta matéria, a denominação ou religião que não tiver pecado que atire a primeira pedra.

A Igreja Católica tem um trabalho espetacular na formação, treinamento de casais e valorização do matrimônio e da família. No entanto fiquei surpreso com o silêncio do Papa em questões centrais do tema em apreço e que perturba todos os líderes cristãos em todas as religiões na era pós-moderna. Refiro-me ao aborto, à homossexualidade, o casamento homossexual, a legalização das drogas e temas afins. O representante maior da Igreja perdeu a grande oportunidade de repreender fiéis e confrontar em rede nacional a principal promotora e incentivadora da desgraça familiar em nossa nação, a Rede Globo de Televisão. Aqueles que trataram o Papa de “vossa Santidade”, “Santo Padre”, são os principais representantes de uma instituição de telecomunicação, promotora e incentivadora da prostituição, adultério, aborto e homossexualidade.  Por que o Papa não foi incisiva e direto nestas questões? Quis o Sumo Pontífice manter uma postura politicamente correta na nova onda da pós-modernidade de liberalismo e secularização dos valores cristãos? Parece-me que o Papa deixou para dar pareceres bem lights e superficiais sobre algumas destas questões no caminho de casa, quando não mais enfrentava as multidões. Combateu o lobby gay e acabou fazendo lobby religioso com o assunto. Disse a verdade sobre o assunto, mas não disse a verdade completa, o que educadores, teólogos, filósofos,sociólogos, políticos,enfim, todos gostariam de ouvir para suas devidas ponderações.

Por fim, acredita que muitas outras questões poderiam ser abordadas, muitas coisas poderiam ser ditas e até contraditadas do que escrevi nesta reflexão. Não tenho pretensão de fechar questão, nem de esgotá-las. É apenas uma opinião,  algumas pinceladas sobre um tema muito mais abrangente e de muitas controvérsias. Contudo, se queremos ser pessoas melhores, ter igrejas comprometidas com Cristo e um país trilhando o caminho da justiça e paz, só andando na verdade, porque segundo o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo só a Verdade Liberta(João 8:32-35). Nosso compromisso não deve ser com o que as pessoas aplaudem, com o que a imprensa noticia, nem tão pouco com aquilo que a maioria acredita. Nosso compromisso e comprometimento de vida como servos de Deus deve ser em agradá-Lo e realizar a Sua vontade. Isso custa muito caro, custa andar na contramão do mundo, ser amado por uns e odiados por outros, como bem escreveu o Apóstolo Paulo: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo”(Gl.1:10). Com humildade, santidade de vida, compromisso com a Infalível Palavra de Deus, preguemos a verdade em amor, exaltando sempre a Cristo Jesus, Cabeça da Igreja, que é o Seu corpo, para que em tudo Ele tenha a Primazia e o Seu Nome seja levantado acima de todo nome, no céu, na terra e embaixo da terra, “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a Glória de Deus Pai” (Fl.2:9-11). Amém!


                                                                                        Rev. Cloves Azevedo de Oliveira

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