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19 maio 2011

Sexo - O que a Bíblia diz?

Existem dois assuntos que nós, como seres humanos, temos muita dificuldade de falar. São eles: sexo e morte. O primeiro, o sexo, está ligado ao início da vida. Enquanto, o segundo, a morte, está ligada ao fim de nossa da nossa existência.

Quando falamos em sexo, temos uma multidão de informações. Hoje, na internet, existem milhares de sites, dando toda sorte de informações. Alguns sites são sérios e procuram ajudar os internautas com posicionamentos científicos e corretos. Muitos, e infelizmente são a grande maioria, não precisam ser visitados, para constatar a péssima visão daquilo que Deus planejou para a sexualidade humana. Os livros que tratam a questão do sexo também são os mais vendidos.
Quando abordamos a questão da sexualidade humana, como cristãos, temos, em primeiro lugar, que recorrer à Bíblia.

Embora a mensagem da Bíblia seja a de mostrar o eterno amor de Deus, demonstrado na pessoa de Jesus, a Palavra de Deus nos dá parâmetros para que vivamos neste mundo de forma que honre o nome do Evangelho e venhamos a viver, inclusive nossa sexualidade, dentro dos planos traçados por Deus.

A Bíblia não é um 'guia sexual', mas com certeza tem muito a nos ensinar nesta área.
À luz da Palavra de Deus, podemos fazer algumas afirmações:

1 - Deus é o criador da sexualidade humana.
 
Deus ao criar o homem e a mulher, os criou com todos os seus órgãos sexuais (Gn 1.31). Robinson Cavalcanti, no seu livro 'Libertação e Sexualidade' afirma: "Deus criou o ser humano com um corpo, indissociado de sua mente e de seu espírito. Para Deus, o corpo humano, obra de suas mãos, é bom. A sexualidade não veio com a Queda (pecado original). Ao contrário, a sexualidade estava nos planos originais de Deus".

Tim e Beverly LaHaye, no clássico da sexologia cristã, 'O Ato Conjugal', cita com muita propriedade as declarações do psicólogo cristão Henry Brandt, quando diz:  "Deus criou todas as partes do corpo humano. E não criou algumas boas e outras más; Ele criou todas boas".
Compreendendo esta verdade, coloca-se uma pedra fundamental sobre compreensão da sexualidade humana. Todo o nosso corpo, com ele, nossos órgãos sexuais foram projetados por Deus. Esta visão é importante, porque a partir desta compreensão é que as pessoas começarão aceitar o sexo como um presente de Deus.

Pênis, testículos, ovários, vagina, útero, canais deferentes, próstata, clitóris e tantos outros pequenos órgãos que compõem os aparelhos reprodutores masculinos e femininos foram criados por Deus, sem exceção.

Muitos casais estão enfrentando problemas sérios na vida sexual porque não aceitam estas verdades. Têm vergonha dos órgãos genitais e acham que os mesmos não tem nada a haver com a criação divina.

2 - As relações sexuais, segundo a visão cristã, devem ser heterossexuais, isto é, entre um homem e uma mulher.
 
Deus ao projetar a sexualidade humana, criou homem e mulher (Gn 2.22). À luz dos relatos da criação, já podemos observar que Deus ao criar os seres sexuados, dentre eles o homem, que é a coroa da criação, planejou para que vivessem a heterossexualidade, isto é, a relação sexual entre macho e fêmea, no caso humano, homem e mulher.

Mais tarde, com a queda humana, homem e mulher começaram, como todos nós sabemos, a se distanciar dos planos de Deus, em todas as áreas da vida, incluindo em relação à sexualidade.
Conforme os relatos bíblicos, os pecados sexuais começaram a aparecer nas relações humanas. O primeiro deles, foi a poligamia (Gn 4.19). Posteriormente, Deus ao dar as leis ao seu povo, incluiu seu desagrado em relação à união sexual com pessoas do mesmo sexo, que é o homossexualismo (Lv 18.22; Rm 1.26,27) e com animais, que se dá o nome de bestialidade (Lv 18.23).

Para nós cristãos, a despeito de todo o lobby gay que vemos nos meios de comunicação, tais expressões da sexualidade são pecaminosas e a Palavra de Deus se refere a essas práticas sexuais como abomináveis (Lv 18.22b). 

3 - O sexo, segundo a visão cristã, deve ser praticado no contexto do casamento.
 
Se no item anterior, falamos sobre a expressão correta, heterossexual, da união sexual, aqui queremos reafirmar o posicionamento bíblico em relação ao seu lugar, isto é, no contexto do casamento.

A Bíblia é clara quando afirma que a união sexual, aprovada por Deus, entre um homem e uma mulher, deve acontecer somente no contexto do casamento. Por isso, a fornicação (que geralmente se refere à relação sexual antes do casamento), mas também à imoralidade em geral, bem como o adultério e a prostituição são condenados por Deus e distorcem o Seu plano original para a felicidade sexual das pessoas (Dt 22.22; 23-25; 23.17-18; Pv 7; 1Co 6.12,13; 2Co 12.21; Ef 5.3).

Tendo em vista estas verdades bíblicas, precisamos deixar bem claro para os jovens solteiros que quando têm relações sexuais ou mesmo carícias sexuais com o seus pares, enquanto namorados, contrariam a vontade de Deus (1Ts 4.3,4).

Embora a cultura e os costumes modernos tentem passar para os cristãos que uma relação sexual entre solteiros ou fora do contexto do casamento não seja errada, devemos nos reportar a esses e tantos outros versículos bíblicos contrários a tais pensamentos de uma cultura sem Deus.

4 - O sexo, segundo a visão cristã, não é somente para a procriação, mas também para o prazer.
 
O ser humano, dentre todos os seres vivos criados por Deus, é o único a experimentar prazer nas relações sexuais. O orgasmo, o clímax do prazer numa relação sexual, é um privilégio dado por Deus somente ao ser humano.

Somente o ser humano é que experimenta todas as sensações características do orgasmo. A mulher, é a única fêmea, segundo os estudiosos, que possui o clitóris, órgão projetado por Deus exclusivamente para dar prazer sexual.

Muitos cristãos ainda pensam, apesar de toda a informação que tem recebido, que o sexo é somente para a procriação. O lado procriativo do sexo é de suma importância para a reposição da espécie (Gn 1.27,28), mas não se restringe somente a este propósito. Devido a uma forte influência platônica sobre os pensadores cristãos, especialmente, nos primeiros séculos, ainda hoje muitas vezes temos, como cristãos, a tendência de associar o prazer físico, especialmente o sexual, ao pecado.

Somente nos últimos anos é que os estudiosos bíblicos têm feito uma leitura correta do livro de Cantares de Salomão. Este livro, com certeza, foi incluído no cânon, isto é, no conjunto de livros sagrados do Velho Testamento, para mostrar que, no contexto do casamento, homem e mulher devem experimentar, no seu máximo, o prazer que o sexo e a sensualidade podem proporcionar.
Aqui, vale frisar, que quando usamos o termo 'sensualidade' não queremos nos referir ao 'sensualismo' apregoado pela mídia e que tanto prejuízo tem trazido à sexualidade humana. Os casais cristãos precisam repensar e explorar a sensualidade que um pode oferecer ao outro. Muitas vezes, e isto tem sido extremamente prejudicial, se associa a 'sensualidade' a algo pecaminoso.
Quando um casal cristão explora a sensualidade para enriquecer a relação conjugal grandes benefícios irá colher. Os casais cristãos precisam valorizar mais os toques físicos (abraços, afagos afetuosos, massagens sexuais e não-sexuais), o olfato (perfumes, velas perfumadas), a audição (música romântica, palavras de admiração), a visão (pessoal e do ambiente) e o paladar  na relação a dois.

Quando uma relação sexual é desprovida da sensualidade, acontece apenas uma união de órgãos sexuais masculinos e femininos e reduz o sexo somente à área genital. Muitos casais estão cansados e vivendo uma vida sexual burocrática porque acham que essas coisas, até mesmo dentro do contexto matrimonial, são pecaminosas.
Um bom caminho para os casais cristãos 'reinventarem' suas vidas sexuais é fazerem, a dois, uma releitura do livro de Cantares de Salomão e verificarem em cada linha todos os recursos sensoriais que aqueles amantes (no bom sentido da palavra) utilizaram para terem um relacionamento sexual enriquecedor.

Quando ambos, marido e esposa, experimentarem todo o prazer que o sexo pode oferecer não precisarão querer beber de outras cisternas (Pv 5.15,18), pois a 'água' que Deus projetou para que bebessem no contexto conjugal é suficientemente o bastante para saciar o apetite sexual.

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