Fan Page

Conhece nossa página no facebook? Curte lá: facebook.com/igrejamaejd

Ouça ao vivo

27 agosto 2013

ELEIÇÃO PASTORAL NA IGREJA MÃE: GRATIDÃO.

“Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que  me considerou fiel, designando-me para o ministério” (I Tm.1:12)

Ontem foi dia de eleição pastoral em nossa igreja. Pela vontade soberana de Deus, pelo voto da maioria dos membros presentes fui reeleito para continuar a jornada ministerial à frente da Igreja Presbiteriana Mãe de João Dourado por mais três anos. O desafio fica maior quando penso que já são quinze anos de  pastorado da mesma igreja.

Sinceramente, quanto leio o texto supra citado, sinto-me tomado por semelhantes sentimentos que deveriam estar latejantes na mente do Apóstolo Paulo. De fato ser designado por Deus para tão sublime vocação é um grande privilégio e abundante Graça de Deus em favor de miseráveis pecadores como nós.

Assim, quero manifestar primeiramente minha sincera gratidão ao Deus eterno que me atraiu para esta santa vocação. Tenho plena convicção do chamado divino. Sei onde, quando e as circunstâncias que Ele sinalizou favorável a mim e nesta carreira ministerial estou completando 24 anos ininterruptos servindo ao Senhor da seara. Não sei por que Ele me escolheu, mas me satisfaz plenamente saber que sou um dos seus escolhidos para testemunhar do Evangelho da Graça. Não tenho nada a lamentar. Tenho muito que agradecer a este Deus maravilhoso que nunca me deixou só, e nos momentos mais difíceis e de perigos de naufragar Ele sempre me estendeu sua mão, mostrando-me o escape, alertando-me dos perigos, corrigindo-me com amor para que eu não caia em insensatez. Tu Senhor és o único Digno de honras, glória e louvor...

Não posso esquecer da minha família. Minha esposa, meus filhos, meus pais, irmãos sogro, sogra, cunhados, enfim, todos aqueles que de forma incondicional estão ao meu lado dia a dia. Tenho uma dívida de gratidão à minha amada família.

Minha sincera gratidão ao Conselho de Presbíteros  e a Junta Diaconal da nossa igreja, irmãos, amigos, parceiros e cúmplices nesta longa jornada ministerial de quinze anos, alguns já in memória, outros que não mais presentes no dia a dia das nossas reuniões e decisões, mas são suportes e mourões incentivadores  dos que estão efetivos no ofício ministerial.

Sinto-me apoiado e encorajado pela lealdade e dedicação dos nossos departamentos internos,  ministérios  e voluntários incansáveis que sempre estão junto a mim na dinâmica cotidiana rumo ao aperfeiçoamento dos dons e serviços  na igreja local e no Reino de Deus. 


Agradeço a Deus pela honra de pastorear a Igreja Presbiteriana Mãe e ser tão bem tratado, honrado e respeitado por tantos irmãos.  Sou pastor das ovelhas de Cristo e agradeço muito àqueles que deixam-se ser pastoreados porque reconhecem a autoridade de Deus sobre mim. Falo com emoção da minha alegria indizível para com aqueles que caminham comigo no dia a dia da vida, sabem quem eu sou, sentem o meu cheiro ( ainda que às vezes desagradável, mas continuam perto de mim), curtem a minha dor, compartilham meus sofrimentos, celebram minhas alegrias, são empáticos nas minhas fraquezas e não me veem como um super-pastor. Agradeço pelos intercessores anônimos, incansáveis que de bastidores sustentam minhas mãos levantadas nas batalhas em prol do Evangelho de Cristo. Fico muito agradecido pela paciência naqueles dias que “entro em campo” preparado para pregar e tomado pelo cansaço e circunstâncias do próprio ministério não consigo lançar com a merecida vivacidade a Bendita Semente aos corações carecentes de uma Palavra de Vida. Ainda assim os estimados irmãos aguentam firme, torcendo para o “atleta” fazê-los vibrar com o  gol (o alvo, a meta).  Sinto-me feliz e responsabilizado pelo sorriso de muitas crianças que com ternura chegam perto de mim e me abraçam. Tenho a indescritível honra de andar pelas ruas e às vezes ouvir um pequenino gritar: Pastor! Pastor!  e quando me aproximo, aquele olhar penetrante da alma infantil a confabular no meu ser o sentimento de confiança em mim, como que dizendo: Pastor, não me decepcione! Você é uma inspiração para eu seguir a Jesus!. Saio destes casuais encontros com um clamor ardente na alma: “Senhor, mais um motivo para não vacilar. Crianças estão olhando para mim. Ajuda-me a não decepcioná-las. Sou gratos aos respeitáveis idosos que ficam de pé para falar comigo e me encorajam com seus exemplos de fé e amor cristão.


Me constranjo ao ver homens e mulheres desta cidade que não são da Igreja, não confessam a fé evangélica e no entanto tem por mim grande consideração e respeito. Alguns são capazes até de comprar uma “briga” para defender-me. Como me faz bem saber que alguns queridos  tem como estratégia para encorajar-me o honroso convite para ir em suas casas, às vezes em baixo de uma árvore, numa roça, em algum lugar para comer um churrasco, um peixe assado, uma tripa frita, cuscuz com mocotó, um suco de umbu bem gelado, um lanche, um cafezinho e tantas outras delícias do sertão. Confesso que estes encontros se destacam entre os bons momentos que mais tenho sentido a presença de Deus. Às vezes, enquanto comemos,  sorrimos, brincamos e até  choramos  sentimos algo  inconfundível, como se Jesus estivesse ali comendo  enquanto  ouve nossa boa prosa. Apesar de ganhar uma média de um quilo por ano,  estes encontros são marcados por algo mais gostoso e atraente do que a comida.



Quem sou eu para ser tratado assim! Deus faz isso comigo sem eu merecer. Eu não sou culpado que Deus resolveu me amar tanto!. Tenho um colega que sempre que ligo para ele e pergunto: E ai, como vai? Sua resposta ainda que nos piores momentos da sua vida, sempre é: “Estou melhor do que eu mereço”! É o que posso dizer da minha vida ministerial. Estou bem melhor do que eu mereço. Posso dizer que não conheço dores e decepções no ministério pastoral. Às vezes falo ao Senhor em meus pensamentos particulares com Ele: Senhor, se tens me poupado até aqui, faça que seja assim até o fim da trajetória. Isso não tem nada a ver com confissão positiva, teologia da prosperidade e coisas do gênero. Sei que estou sujeito às tempestades inesperadas, mas quero continuar fazendo a oração de Jabez: “Senhor, que me abençoes, que seja sobre mim a tua mão, que alargues as minhas fronteiras e me preserves do mal, de que modo que não me venha nenhuma aflição”(I Co.4:9-10)

Tenho recebido grande apoio e solidariedade companheiros de jornada ministerial. Eles me honram muito e festejam comigo as minhas vitórias.

Lembro-me da mensagem do saudoso Rev. Valmir Soares no culto de formatura da nossa turma no ano de 1989 em Recife. Ele alertava-nos sobre a dura realidade do ministério. Dizia ele que não teríamos uma caminhada sem cruz, sem sofrimento e perseguições, porque esta é uma marca do verdadeiro discípulo de Cristo. É natural  que muitas vezes soframos  insatisfação e  crítica. Elas, via de regra tem duas origens: Podem resultar do nosso erro, de vacilo da caminhada que causou vergonha e vexame para o Evangelho ou elas também podem originar daqueles que colocam questões egoístas e carnais acima da verdade e do amor cristão. Na primeira situação só nos resta correr para o esconderijo do Altíssimo e ser tratado por Ele. É o único lugar que a gente encontra na medida certa Justiça, Misericórdia e Graça. Esperto foi o Rei Davi quando disse “Prefiro cair nas mãos de Deus do que dos homens”.  Na segunda alternativa o lugar  para se esconder continua o mesmo. Contudo, se tiver que encarar a dureza do ministério, que seja pela firmeza em defender os valores eternos do Reino de Deus, independente das consequências.

Se Deus permitir terei mais três anos para dar continuidade ao ministério que Deus me habilita a realizar em João Dourado. Temos muito por fazer. Que Ele me conceda Graça e Força para continuar servindo até o final. Não tenho expectativa da aprovação de todos, nem trabalharei para receber elogios. Se conseguir terminar estes três anos trilando a rota do Espírito Santo e agradando a Deus terei cumprido a minha missão.

Que Deus abençoe, aperfeiçoe e use cada um dos seus filhos membros da nossa Igreja para em tudo dar a Glória que o Supremo Pastor, o Cabeça e  Senhor da Igreja merece. Amém!


Rev. Cloves Azevedo

João Dourado, 26 de agosto de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!
Breve postaremos seu comentário. Deus te abençoe.