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20 maio 2012

REPARANDO AS BRECHAS E RESTAURANDO VEREDAS NA FAMÍLIA

“Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável” (Is.58:12)


A Igreja Presbiteriana Mãe de João Dourado realiza pelo sétimo ano consecutivo a semana anual de oração A FAMÍLIA NO ALTAR. Cada ano um tema que nos desafia frente à realidade da desintegração da família. Escolhemos para este ano um tema baseado em Isaías 58:12 por razões óbvias: A família está em ruínas, carecendo urgentemente de ser reconstruída, reedificada nos fundamentos da eterna Palavra de Deus. Assim, convido-vos a refletir comigo neste texto e dele extrairmos ensinamentos de extrema importância e urgência nesta caminhada de restauração das nossas famílias.

O versículo fala diretamente de um legado deixado por uma geração comprometida com Deus. Veja que o texto dá seqüência a promessas de Deus àqueles que entendessem o significado da verdadeira piedade  e do temor ao Senhor. Estes que além da religiosidade formal, ritualística e tradicional, abandonassem o pecado, a mentira, a opressão, a maledicência, a injúria e praticassem a verdadeira religião (Is.58:6-10) seriam contemplados com preciosas dádivas de Deus para eles e para as futuras gerações. Dentre elas, uma geração com os sólidos fundamentos da verdade, sendo na sociedade instrumentos de restauração espiritual, moral, econômica e social. Isto é, seriam verdadeiros construtores de um mundo melhor.

Neste texto Deus faz promessas ao seu povo. Estas promessas se tornam para nós nestes dias desafios de reconstrução das nossas famílias. Vejo neste texto diretrizes como tornar a nossa família, o nosso lar e a nossa cidade um lugar agradável para se viver.

Este texto nos desafia a investir na reconstrução das nossas famílias. Este é sem dúvidas o projeto mais urgente nestes dias difíceis. “Os teus filhos edificarão as antigas ruínas”. Quando Judá foi para o cativeiro babilônico, a cidade de Jerusalém foi totalmente destruída, muros foram derrubados, a cidade queimada a fogo e o povo levado cativo. A cidade ficou em ruínas. Chega o momento que Deus levantou homens com a disposição de reconstruir a cidade e os seus muros. O grande reformador Neemias vem da Babilônia para Jerusalém e anda entre os escombros, com certeza orando e chorando diante da miséria e do opróbrio que o povo se encontrava. Mas Neemias com muita determinação desafiou o povo a reerguer os muros de proteção da cidade.  Jerusalém estava totalmente  sem condições de moradia:Uma cidade sem muros (desprotegida); ruas esburacadas, casas queimadas, rachadas, abandonadas e as famílias que ficaram na cidade oprimidas e em completo estado de miséria.

As nossas cidades interioranas, antes lugar de tranqüilidade e refúgio, tornam-se a cada dia   cidades sem lei e inseguras. Todos nos vemos ameaçados pela violência, pelos trombadinhas, pelas drogas e pelo tráfico.  João Dourado se tornou tão perigosa como uma grande cidade. A partir de dez horas da noite já não andamos pelas ruas, nem nos assentamos nas praças para conversar. Além da insegurança, do medo que nos aflige nas ruas, as famílias estão desprotegidas, abaladas na sua estrutura interna por ataques terríveis do Destruidor(Satanás). Estamos arruinados! Somos desafiados nestes dias a remover os escombros e reconstruir os muros espirituais de proteção das nossas famílias.

NESTE PROJETO DE RECONSTRUÇÃO DAS NOSSAS FAMÍLIAS TRÊS ATITUDES IMPORTANTES:


A primeira atitude que precisamos é LEVANTAR OS FUNDAMENTOS DE PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA. 

Por que as famílias estão destruídas e as cidades em ruínas? Por que removeram os sólidos alicerces da verdade.A palavra fundamento significa alicerce, base de um edifício. Fundamentos aqui representa os princípios de Deus, a verdadeira doutrina da Palavra. Jesus disse que uma casa edificada sobre a Rocha não cairá diante dos ventos contrários. Estão tentando construir a família e sustentar a sociedade na areia movedissa da pós-modernidade: Liberalismo, secularização da família, rejeição dos padrões tradicionais da família, o feminismo, o consumismo, o hedonismo, o homossexualismo...

Levantar os fundamentos de muitas gerações tem dois aspectos relevantes:  O primeiro é  consultar  à planta original do arquiteto da família. Esta onda de rejeição dos antigos fundamentos, das tradições de família ao longo das gerações é uma das sutilezas do diabo para a extinção da mesma. O Profeta Jeremias escreve: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma. Mas eles dizem: Não andaremos. Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta; mas eles dizem: Não escutaremos. Portanto, ouvi, ó nações, e informa-te, ó congregação, do que se fará entre eles!... Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras e rejeitam a minha lei” ( Jr.6:16-19).

Quais são os fundamentos originais que continuam eternos e imutáveis para a família?
  • Monogamia
  • Indissolubilidade
  • Heterossexualidade
  • Intimidade.


Estes fundamentos são verdadeiros, absolutos e inegociáveis. O segundo aspecto fundamental para a família diz respeito a levantar estes fundamentos originais como inspiração para as futuras gerações.

  Temos uma responsabilidade com as futuras gerações. Nosso compromisso não é com a nova moralidade, com o governo, com os tribunais, com os direitos humanos, com a globalização, nem com toda essa ventania da pós-modernidade que levanta poeira por todos os segmentos sociais. Não digo isso por rebeldia, e desprezo às leis da nossa nação. É por zelo e obediência aos princípios estabelecidos por Deus. Deus em primeiro lugar.  Só se constrói uma cidade boa para se viver, decente e próspera com homens que tenham sólidos fundamentos na verdade, justiça e amor. O que se espera dos edificadores de uma cidade ou nação cujos alicerces da vida são a corrupção, o egoísmo e a libertinagem? Como teremos famílias saudáveis e cidades habitáveis e ordeiras se existe podridão, suborno e corrupção nas entranhas dos poderes constituídos? Se não temem a Deus? Nosso compromisso primário  é com a Palavra de Deus.Temos que lutar contra as tendências pós-modernistas  e inculcar nos nossos filhos a bendita Palavra, a boa ética e  moral cristã, os valores eternos e imutáveis de Deus para que lá na frente eles tenham base para enfrentar com convicção e segurança inabalável o mundo hostil a Deus. O que estamos vendo hoje? Pais negociando com os filhos o quarto para dormir com o namorado(a), a camisinha para não engravidar, a união dos filhos com pessoas do mesmo sexo e isto visto de um ponto de vista de simpatia, compreensão e apoio ao comportamento libertino dos filhos. Não podemos dizer para eles que isso é pecado, que é contra Deus, porque estamos ferindo sua suposta  liberdade de escolha e  transgredindo  leis da nação.

       Estamos preparando nossos filhos para as futuras gerações?
               
       A segunda atitude urgente no projeto de reconstrução dos muros de proteção das nossas família é tapar as brechas – “... serás chamado reparador de brechas...”.  Brecha é um pequeno buraco ou rachadura num muro, na parede de uma casa, etc. O Reparador é aquele que tapa, fecha, repara a brecha  para impedir maiores prejuízos na construção. Uma brecha se não tomada as providências pode-se perder o muro, derrubar a casa, causar danos terríveis.

No relato da queda de Jerusalém o Profeta Jeremias diz que a cidade foi cercada por Nabucodonosor durante 18 meses, sem conseguir invadir a cidade, até que se abriu uma brecha, a cidade foi invadida, destruída e seu povo feito cativo do exército inimigo. Durante um ano e meio, o inimigo montou o cerco até que  através de uma pequena brecha, conseguiu invadir e tomar posse de tudo (Jeremias 39). O Apóstolo Pedro alerta-nos: “Sede sóbrios e vigilantes.O diabo, vosso adversário anda em vosso derredor como um leão rugindo, buscando a quem possa tragar.” (I Pd.5:8).

Algumas brechas existem na estrutura espiritual das nossas casas que precisam de reparação urgente – A Falta do culto doméstico, a falta de amor e ternura dos pais com os seus filhos, a omissão dos pais como sacerdotes do lar, a rebeldia dos filhos contra os pais, o adultério, o divórcio, o feminismo, o consumismo, amargura, falta de perdão, brigas, a prostituição, desequilíbrio na vida financeira, infidelidade nos dízimos e muitas outras.

Quando Neemias chegou em Jerusalém e viu a cidade destruída, ele animou o povo a reedificar os muros de Jerusalém. Ele colocou cada família para trabalhar num ponto do muro e diz o texto que cada um fazia reparação da sua parte (Ne.3). No capítulo 4:7 está escrito: “Ouvindo Sambalate e Tobias ... que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se começavam a fechar todas as brechas, ficaram sobremodo irados”. Os inimigos se levantaram para perturbar e impedir a reparação das brechas, mas diz Neemias – “Porém, nós oramos ao nosso Deus e como proteção pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (4:9). Quando os inimigos estavam prontos para invadir a cidade, diz Neemias que colocou as famílias nos lugares baixos e abertos, por detrás do muro com suas espadas, lanças e arcos (Ne.4:12-13) E desafiou o povo nos seguintes termos:  “... Não os temais, lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher e vossa casa (4:14). Assim Neemias manteve dali em diante metade do povo vigiando as brechas para os inimigos não invadirem a  cidade. Seja destemido! Coloca-te na brecha em favor da preservação da tua família.

A terceira atitude de igual importância é colocar-se a disposição de Deus como instrumento de restauração da família. O restaurador tem por função restaurar obras de arte, fotos, documentos, etc. Na linguagem do texto o restaurador tapa os buracos do caminho, faz caminhos retos para andar.  Recentemente podemos ver a diferença entre um caminho esburacado e um caminho restaurado. As estradas da região estão recuperadas, restauradas e isto traz um alívio muito grande, segurança, estabilidade, economia de tempo e dinheiro para todos nós. É tempo de investirmos na preparação do caminho das nossas famílias para o encontro com o Senhor. Quando o profeta diz preparai o caminho do Senhor, Ele está conclamando o povo a limpar o caminho, remover os empecilhos para a chegada do Rei dos reis e Senhor dos senhores.  Como se faz isso? Com arrependimento, confissão de pecados e renovação da aliança com Deus.    Ser instrumento de restauração tem a ver também restauração dos relacionamentos no ambiente familiar, buscar perdão, cura para as feridas da alma, converter o coração uns aos outros. Em muitas famílias pais e filhos não se falam, não se abraçam, estão alimentando ódio e amargura na alma. Nossas famílias precisam urgentemente de restauração.

Concluindo, o texto termina com a razão porque precisamos levantar os fundamentos da preservação da família, reparar as brechas e restaurar os nossos caminhos no relacionamento com Deus e uns com os outros – “para que o país se torne habitável”. Quem quer morar numa cidade sem segurança, sem lei, cheia de rachaduras, com casas deterioradas e ruas esburacadas,  tomada por ladrões, bêbados e drogados? Quem quer viver sem liberdade de ir e vir, sem direitos e garantias de uma vida digna?. É para onde estamos caminhando se não tomarmos posição de lutarmos  pela preservação das  nossas famílias. Sem famílias solidamente estruturadas nossas cidades tendem a tornarem-se um inferno. Mas, se houver na família e  na igreja  povo comprometido com a santidade, com a piedade, com a verdade, a justiça, o amor ao próximo, com o respeito e dignidade das  relações familiares, a cidade se tornará um lugar agradável para se viver. A propagando diz, “João Dourado a cidade que mais cresce na região”., Isto é muito bom, mas não é o mais importante. Não basta crescer, precisamos lutar por  qualidade de vida,  paz e segurança. Isto virá  quando as famílias taparem as brechas e restaurar o relacionamento com Deus.

Rev. Cloves Azevedo de Oliveira


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