(Mensagem exposta dia 15/04/2012 - Igreja Presbiteriana de João Dourado)
“Ouvi a Palavra do
Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os
habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de
Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há
arrombamentos e homicídios sobre homicídios. Por isso a terra está de luto, e
todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e
até os peixes do mar perecem...” (Os. 4:1-14)
A situação do mundo é
extremamente grave. Não temos como fugir das calamidades e das terríveis
ameaças da secularização e do ateísmo prático. Se paramos diante da televisão,
a maior parte do tempo assistimos as imagens da violência, da corrupção
sistêmica por todos os recantos do Brasil em todos os segmentos dos poderes
constituídos, vemos as famílias desesperadas ante o flagelo das drogas. Os
programas de entretenimento e lazer, na sua maioria de forma desavergonhada,
principalmente as novelas globais tornaram-se o programa predileto das famílias
brasileiras, sendo que, apesar da preferência, estes programas são escolas de
pornografia, adultério, rebelião contra Deus e contra os valores absolutos da
moral e ética cristã, aliás, essa turma que produz esses programas não acredita
em absolutos e até acha ridículo absolutizar os temas que norteiam a sociedade
na sua conduta ética e moral. A internet definitivamente tornou-se o meio de
comunicação de maior influência negativa na formação da nossa juventude. Temos
uma geração de crianças e adolescentes que não brinca, não joga bola, não
aperfeiçoa suas habilidades intelectuais nos desafios educacionais, porque
estão embevecidos com as ofertas generosas do universo da net, capaz de
oferecer-lhes um mundo fantasioso de licenciosidade, superficialidade e
relações descartáveis.
Este esquema muito bem
elaborado pelo sistema do mundo secular seduz homens e mulheres, rapazes e
moças, velhos e crianças por um caminho de secularização, materialismo,
consumismo e devassidão por um caminho largo de destruição generalizada da própria
sociedade. Santo Agostinho diagnosticou muito bem o grave problema da nossa
sociedade – “o mal é o afastamento de
Deus”.
O Profeta Oséias escreveu a mensagem profética
supra citada no século VIII a.C. . Uma época de prosperidade militar, mas
empobrecida moral e espiritualmente. Naqueles dias também havia desigualdade
social e corrupção. A religião era popular mas dominada por um sincretismo
religioso complacente, onde os líderes religiosos toleravam crenças e práticas
pervertidas dos freqüentadores dos cultos, sem confrontá-las à luz da Revelação
Suprema, a Lei de Deus.
No capítulo quatro do Profeta Oséias, o Deus que
parece complacente e acomodado diante da traição e da infidelidade do seu povo,
como escreve o comentarista Derek Kidner, “apresenta-se como se estivéssemos
num tribunal e Ele no lugar de um promotor público a enumerar incontáveis
acusações contra o seu povo”. Quando o
texto diz “Deus tem uma contenda”, a tradução poderia ser “um processo”, “uma acusação”
- Deus fez uma aliança com Israel. Israel quebrou esta aliança e cometeu
terríveis pecados contra Deus, os quais então o próprio Deus denuncia:
O que Deus
mais queria do seu povo não havia mais: Não havia mais verdade, honestidade, nem
amor e leal na aliança estabelecida entre Deus e o seu povo; nem conhecimento de Deus, que era o que Deus mais desejava (Os. 6:6).
Este texto nos fala da decadência da sociedade separada de Deus
MARCAS DE
UMA SOCIEDADE SEPARADA DE DEUS:
O PRIMEIRO SINAL APONTADO PELO PROFETA OSÉIAS DE UMA SOCIEDADE
HUMANA SEPARADA DE DEUS É O ROMPIMENTO COM A ÉTICA CRISTÃ NOS RELACIONAMENTOS.
Se não há verdade, não há amor, nem conhecimento verdadeiro de Deus, o que prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar...” (4:2). O que O Profeta está afirmando poderia aparecer nos editoriais dos principais jornais do país para fundamentar as razões para tanta maldade e violência nos dias atuais. É a realidade de grandes metrópoles e das pequenas como João Dourado. A total impotência do legislativo nacional e do judiciário diante da corrupção deve-se à depravação da natureza humana. Não há páginas de jornais suficientes para publicar, nem tribunais suficientes para julgar, nem leis capazes de deter a depravada conduta dos homens cujo comportamento ignora a Deus e as suas leis reveladas nas Escrituras. Infelizmente os jornais continuarão noticiando o perjúrio, a mentira, a violência, as obras superfaturadas, os esquemas bem montadas pelas grandes empreiteiras para fraudar as licitações públicas em acordos espúrios com os que governam, bicheiros dando ordens a senadores, o tráfico de influência no palácio e muito mais escândalos. Lamentavelmente até líderes de igrejas que deviam ser padrão da boa ética e do respeito ao próximo aparecem nas páginas policiais dos jornais denunciados por perjúrio, mentira e roubo de dízimos e ofertas dos fiéis das igrejas para enriquecerem-se à custa da ingenuidade e credulidade do povo sem o devido conhecimento da verdade. Como são atuais e verdadeiras as palavras do grande sábio Ruy Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
EM SEGUNDO LUGAR, ESTE TEXTO DE OSÉIAS 4 ENSINA-NOS QUE UMA
SOCIEDADE HUMANA SEPARADA DO SEU CRIADOR É CAPAZ DE DANIFICAR E DESTRUIR O SEU
PRÓPRIO HABITAT NATURAL.
A gente acha insanidade, insensatez quando alguém põem fogo na própria casa. Geralmente em situações de extrema revolta a população incendeia casa, pneus, carros, etc para protestar, mas não achamos insanidade queimar parques e florestas, depredar a natureza, poluir os rios, jogar lixo nas ruas, o uso irracional de agrotóxicos... O desequilíbrio ecológico existe em conseqüência da exploração irracional da terra. O texto diz que a terra está de luto (v.3). Esta é uma das mais terríveis conseqüências do afastamento de Deus. Eis a razão porque enfrentamos uma crise ecológica sem precedentes na história humana. O profeta Isaias, contemporâneo de Oséias (Profeta no Reino do Sul, Judá) descreve muito bem a situação da terra hoje: “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha... Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão” (Is.24:4-5).
A TERCEIRA MARCA APONTADA NO TEXTO DE OSÉIAS 4 DE UMA SOCIEDADE
AFASTADA DE DEUS É A CORROSÃO DOS VALORES MORAIS “A SENSUALIDADE, O VINHO E O
MOSTRO TIRAM O ENTENDIMENTO” (OS.4:11).
Poderia parafrasear para hoje dizendo: A perversão
sexual, a cerveja, a cachaça e as drogas tiram o entendimento das pessoas. A situação de Israel naqueles dias era
deprimente no que dizia respeito à moralidade. O afastamento de Deus levou o
povo à prostituição e adultério espiritual (falaremos a seguir) e à prática da
imoralidade sexual. O próprio Profeta foi vítima daquela situação decadente.
Sua esposa o abandonou, passou a viver uma relação extraconjugal promíscua a
ponto de gerar filhos fora do casamento. Deus permitiu ao seu Profeta viver
este drama no seu lar, a fim de que ele compreendesse o profundo pesar do
coração Divino com a infidelidade do povo para com Ele.
A
atitude famigerada da sociedade pós-modernista pelo prazer sexual, bebida
alcoólica e drogas chega à dimensão mais profunda da irracionalidade e desumanização.
Na busca do prazer estão agindo pior do que os seres brutos irracionais. Este
texto afirma tanto a proximidade, como a cumplicidade entre bebida alcoólica e
sensualidade. Se atentarmos com a devida sensatez para a associação da cerveja
com o sexo no Brasil, fica nítida esta constatação. Artistas famosos, a custo
de cachês milionários enlouquecem as pessoas com a propaganda provocante da
cerveja, sempre acompanhada da sensualidade. No final da propaganda, a fim de
cumprir uma determinação hipócrita dos poderes que também arrecadam seus
bilhões de impostos com a exploração das bebidas alcoólicas no Brasil, aparece
uma voz “embriagada” a advertir a população: “Se beber, não dirija” ou “beba
com moderação”. Eles não estão preocupados com as vítimas do trânsito, com as
famílias destruídas, nem tão pouco com a promiscuidade fruto da embriaguez. O
que lhes importa é o lucro.
Querem
uma prova de que a sensualidade e a embriaguez tira a sensatez das pessoas? Há algum tempo no Brasil vem se consolidando a
idéia de que um dos caminhos para ser rico e famoso é se tornar vulgar e lascivo.
A última edição do Big Brother Brasil, talvez a maior audiência da televisão
brasileira, procurou mais uma vez implantar na cultura brasileira a banalização
do sexo como trampolim para o sucesso. Estão dizendo indiretamente para o
público infantil e jovem da nossa nação que para fazer sucesso, ficar famoso
tem que ser safado, vulgar e irracional no uso do corpo. Até estupro está
tornando-se questão de incontinência e virilidade sexual. Isso sem considerar
que os ambientes onde se promove estas orgias e bebedices é solo fértil e
adequado para consumo de outras drogas como maconha, cocaína e o crack, que sem
dúvida alguma é a pior desgraça para a juventude brasileira na atualidade.
Depois
da festa vem a ressaca, o mau estar, as dores de cabeça. Permita-me reportar a
um período da história recente para ilustrar o que estou afirmando. A tão exaltada geração dos anos 60 e 70,
levantada como a geração revolucionária encabeçada pelos Beatles de John Lennon
que na sua insanidade chegou a afirmar que o Cristianismo iria acabar porque
ele era mais popular que Jesus Cristo
propagou a rebelião contra os pais, o desrespeito às autoridades, plantou na época a semente do sexo, drogas e rockholl como alternativa
libertadora para a nova geração. A juventude sedenta por liberdade entrou de
corpo e alma nesta filosofia liberal e hoje estamos colhendo os frutos desta
semente maldita: Destruição da família, delinqüência, desafeição, rebeldia,
apatia, vazio de propósito na vida. A juventude atual vazia de Deus, de sonhos e
sem determinação de lutar por um mundo melhor, rende-se à sedução da internet, das
novelas, da promiscuidade, da cocaína e do crack, deixando uma grande ameaça
para o futuro do nosso país. Os “imortais” da geração passada, protagonistas do
liberalismo moral morreram vitimados pelas drogas, pela violência, pela AIDS,
etc. Homens como Cazuza, já nos anos 80, considerado um dos maiores
compositores da música popular brasileira, sem desmerecer suas composições de
cunho sócio-político que trouxe uma mensagem para época, teve um final triste,
fruto de um comportamento devasso, no final de sua vida descarregou sua revolta
pela doença através de uma música com letra agressiva à Majestade e Santidade
de Deus: “nós somos as cobaias de Deus...”,
música em que lhe deu o prêmio Sharp de melhor canção na época. Não! Não! Não
somos cobaias de Deus. Somos cobaias da nossa própria insensatez. A própria
sociedade liberal que além de afastar-se, excluiu Deus do seu sistema de vida,
agora, tresloucada sem saber o que fazer com os filhos da geração
revolucionária que é a grande dor de cabeça do momento, estão a perguntar qual
a saída para tantos males no mundo! O dito popular afirma: “Quem semeia ventos, colhe tempestades”, em consonância com o
diagnóstico bíblico para esta situação de tormento em que vivemos: “Deus
não se deixa escarnecer. Aquilo que o semear, isso também ceifará. Porque o que
semeia para a sua própria carne colherá corrupção; mas o que semeia para o
Espírito do Espírito colherá vida eterna (Gl.6:7-8).
A QUARTA MARCA (E A ÚLTIMA DA NOSSA REFLEXÃO) DE UMA SOCIEDADE
SEPARADA DE DEUS É A RELIGIÃO VAZIA DA VERDADEIRA ADORAÇÃO, OU PODERIA DIZER A
MERA RELIGIOSIDADE SEM A PRESENÇA DE DEUS.
Esta é a mais terrível e a mais lamentável de todas as constatações do texto. Deus lamenta a falta de conhecimento D’Ele em Israel e ao mesmo tempo denuncia os culpados por esta ignorância espiritual - Os sacerdotes: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitei, para que não sejas sacerdote diante de mim” (Os.4:6). Os sacerdotes foram levantados por Deus como mestres da lei, mas eles que deviam ser zelosos da lei de Deus, a desprezava, pecando por negligência e omissão.
Como
a coisa corria frouxa, sem rédeas comportamentais, diz o Profeta no capítulo
5:4: “O seu procedimento não lhes
permite voltar par o seu Deus, porque um espírito de prostituição está no meio
deles, e não conhecem ao Senhor”. No capítulo 4:10 diz que eles deixaram de adorar a Deus e no verso 12 do mesmo capítulo diz que o povo abandonou o Deus verdadeiro e passou a buscar respostas
num pedaço de pau, adorando ídolos vãos, porque seduzidos pelo engano adoram a
criatura em lugar do Criador. Este agravamento da condição espiritual resulta
consequentemente num agravamento da conduta moral com a prática da prostituição
da juventude, do adultério e toda sorte de licenciosidade (Os.4:14).
Os
sacerdotes denunciados por Deus como culpados eram interesseiros e mercenários
– “Alimentam-se
do pecado do meu povo e da maldade dele tem desejo ardente” (Os.4:8). Para
estes líderes espirituais não importava o comportamento dos adoradores,
importava o sacrifício dos animais, porque quanto mais sacrifício, mas carne de
primeira eles tinham para engordarem-se. Esta atitude complacente, indiferente
com o pecado da nação era um incentivo ao povo a pecar, por isso o texto diz
que quanto mais aumentava o número de sacerdotes, mais o povo pecava contra
Deus (v.7), o que deveria ser ao
contrário. Deus não está interessado em sacrifícios e sim na obediência à Sua
Palavra (I Sm.15:22).
Como
diz o ditado “não podemos tapar o sol com a peneira”. É clara e visível essa
tragédia espiritual na religiosidade brasileira, corrompida pela idolatria e
falsificação do verdadeiro culto a Deus. Adoradores não são confrontados quanto
aos seus pecados, porque seus sacrifícios alimentam os sacerdotes. De igual
modo, grande parte do que se considera
como Igreja Evangélica no Brasil, com seus líderes personalistas e
carismas espetaculares conseguem atrair multidões seduzidas por uma pseudo
teologia da prosperidade e promessas de vida fácil e sem sofrimento, se tornam
presas fáceis desses líderes inescrupulosos que acumulam riquezas milionárias à
custa da ignorância do povo que não é ensinados nos fundamentos da verdadeira
adoração a Deus. Muitos destes templos não possuem imagens de escultura, mas o
“Deus” que está ocupando o altar da adoração é o “Deus Mamom”, o materialismo,
a busca das riquezas materiais. Com certeza Deus o Justo e Verdadeiro não deixará impune os que
usam de engano para levar vantagens pessoais, os que deviam ser modelo de
seriedade, de fidelidade a Ele e tornam-se pedras de tropeço.
Frente
às marcas evidentes de uma sociedade separada de Deus, de um povo que abandonou
o Senhor, o que devemos fazer?
Não se espera das autoridades uma solução para
as questões ética porque eles em grande parte estão contaminados e
comprometidos com sistema de corrupção. São cúmplices e não tem força moral
para mudar a situação. Não temos muito que esperar da mídia, da imprensa,
porque esta também está presa aos contratos, aos interesses comerciais e à aos
grandes ídolos da geração jovens e adolescentes, vazios de princípios e de
ética cristã, embora talentosos, ricos e influentes.
Nas questões morais, já
ficou claro a inclinação do atual governo para o liberalismo. Nunca as
aberrações morais tiveram tanto espaço na mídia e no congresso nacional como
nos últimos dez anos do governo petista. Podemos falar de conquistas sociais,
de crescimento econômico, mas de ética e moral nestes últimos anos é uma
calamidade pública. Basta ver as últimas votações envolvendo os temas de
interesse da família tradicional. É lei da palmada, é kit gay para as escolas,
facilitação para divórcio e novo casamento, casamento homossexual e até a tão
badalada lei do privilégio para os homossexuais, a tal PL.122. As decisões do
congresso nacional vem enfraquecendo as instituições tradicionais de
sustentação da sociedade com repercussões das mais terríveis e inimagináveis.
Assim como estamos colhendo o fruto amargo da geração dos anos 60,70 e 80, a próximo geração nos próximos vinte anos
colherá com certeza, com muito mais amargor o fruto do que está sendo semeado
na revolução dos conceitos de família e moralidade, e neste particular, o atual
governo e congresso nacional terá alta contas a prestar diante de Deus pelas decisões
que tomarem.
Na questão ambiental, os
interesses econômicos, a propina, a falta de seriedade e rigor no cumprimento
do código florestal, a falta de consciência cidadã sobre a importância do tema,
está no conduzindo às cenas apocalípticas sobre a destruição do ecossistema,
tornando a vida na terra insustentável.
Na questão da
religiosidade corrompida na sua adoração a Deus, é tão lamentável quanto as
demais questões, porque a própria Palavra de Deus afirma que nos últimos dias os
homens se recusarão a dar ouvidos a verdade entregando-se às fábulas,
obedecerão a ensino de demônios (II Tm.4).
Aos que temem a Deus e
tem compromisso com a Sua Palavra só nos resta pregar, ensinar, com ousadia, em
todo tempo, com coragem e unção a Poderosa, Inerrante e Absoluta Palavra de
Deus porque é a única mensagem capaz de transformar e regular a conduta humana
de acordo com a vontade de Deus.
Mas precisamos também como
povo de Deus, de conversão sincera. Nos dias do Profeta Oséias o povo metido de
cabeça no materialismo, na corrupção, se voltava para Deus na hora do aperto
confiados em Sua bondade e misericórdia,
mas não era uma conversão verdadeira, era questão interesseira, até aliviar as dores e passar a
crise. Deus diz através do profeta que o amor do povo era como nuvem
passageira, como o orvalho da manhã (Os.6:4). Em Israel havia muita religiosidade
e muita imoralidade, muita profissão de fé e muita corrupção. Por isso, “Israel
era como um pão não virado no forno – de um lado queimado pelas suas paixões,
de outro lado massa crua, mole, completamente imprestável” (Os7:8). Israel era
como crentes de fim de semana – fervorosos para com o senhor no domingo (Israel
era no sábado), mas nos outros dias da semana eram opressores dos pobres,
gananciosos e desenfreados nos desejos sexuais.
De que adianta tanta
religião sem amor, os templos cheios, os abundantes sacrifícios, a propaganda
da prosperidade material do povo, se não há conhecimento de Deus? Que Deus
tenha misericórdia de nós e mude as nossas vidas profundamente. Que dos altos
céus venha sobre nós um poderoso avivamento que mexa com as estruturas sociais,
políticas, econômicas e religiosas da nossa nação.
Rev. Cloves Azevedo.
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